14 de ago. de 2020

 

EM LIVE PROMOVIDA PELA CÂMARA DE VEREADORES O EX SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO GERALDO TRINDADE DEFENDE QUE O ANO DE 2020 SEJA DADO COMO CONCLUÍDO PELOS SISTEMAS DE EDUCAÇÃO

 

Na noite de do dia 13 de agosto a Câmara Municipal de Vereadores de Itapetinga promoveu uma das LIVES mais concorridas dos últimos meses, com participação de Geraldo Trindade ex- secretário de educação , professor da UESB e técnico em fiscalização do Ministério da Agricultura, do prof. Alécio Chaves ex vice prefeito e diretor do NTE-8 e participando de Brasília o presidente da Associação Brasileira das Escolas do Legislativo Florian Madruga.  

Geraldo Trindade fez uma análise técnica da atual situação e disse que a priorização do conteúdo nesse momento retornando as aulas presenciais é um grande erro, pois o foco deve ser a vida. Segundo Trindade estamos aprendendo a lidar com a COVID no decorrer dos dias e das descobertas da ciência e da medicina.

Após afirmar que não acredita que tenhamos condições de segurança para o retorno das atividades em 2020, tanto em relação aos alunos mas também pensando na segurança dos professores, funcionários e familiares do grupo de risco dos alunos, Geraldo lançou a proposta de que os Sistemas Educacionais deveriam decretar o ano de 2020 como concluído, permitindo que todos os alunos avancem na sua jornada educacional e o resgate dos conteúdos ocorra naturalmente por esforço pessoal dos alunos e dos sistemas de educação. O ex secretário de educação informou que isso já aconteceu em 1918 durante a gripe espanhola quando o ano letivo foi dado como concluído e todos os alunos avançaram para o ano educacional seguinte, com perdas de conteúdo, mas sem perdas na sua caminhada educacional.

Trindade deu exemplo de um aluno do último ano do ensino médio de uma escola privada que está tendo aulas on line e concluirá o ano letivo podendo fazer o vestibular no início de 2021. Independente se a aprendizagem ocorreu como esperado, porque mesmo as redes privadas não estavam preparadas para esse tipo de ação, os alunos terão a oportunidade de seguir sem perda do ano letivo. Enquanto isso os alunos do último ano do ensino médio da rede pública terão que concluir o 3º ano em 2021, ficando impossibilitados de pelo menos tentar o vestibular ou partir para o mercado de trabalho. Isso é segregação, afirmou Geraldo, concluindo que retorno de aulas sem segurança é muito perigoso.