7 de mar. de 2021

 

Prefeito no interior de SP desliga iluminação pública para evitar aglomerações


O prefeito de Guarani d’Oeste, Nilson Timporin Caffer (PTB), determinou o desligamento de postes de iluminação pública para evitar aglomerações nas ruas neste fim de semana e combater o avanço da pandemia do novo coronavírus. O município fica a 523 km de São Paulo e tem cerca de 2 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A medida, que entrou em vigor às 20h30 deste sábado (6), foi anunciada em um vídeo de 14 segundos publicado na página do prefeito nas redes sociais. “Olá, população de Guarani d’Oeste. A nossa energia da rua será desligada hoje às oito e meia e só será religada na segunda-feira. Obrigado a todos”, disse.

Neste primeiro momento, o desligamento se concentra na região central, em ruas próximas à praça da Igreja Matriz. O local é o principal ponto de encontro da cidade.

“Eu não tenho que saber o que a população pensa neste momento de crise. Em novembro do ano passado, fui escolhido para continuar cuidando da cidade da melhor maneira possível. Se for tomar uma atitude, que seja para valer ou não tome”, disse.

O fornecimento de energia na cidade é responsabilidade de uma concessionária privada, mas a gestão da iluminação pública cabe à Prefeitura, de acordo com Caffer.

Com a iluminação desligada, a gente espera que as pessoas fiquem seguras em casa. Apaguei para estimular que as pessoas mudem de hábito neste momento de crise.

Segundo o boletim divulgado pela diretoria de Saúde, a cidade atingiu a marca de 157 casos de covid-19 confirmados. Atualmente, 13 pessoas estão em tratamento domiciliar, entre elas, uma criança de apenas um ano de idade. Desde o início da pandemia, foram registradas três mortes em decorrência da doença.

O município não possui hospital com estrutura para atender casos graves. Existe apenas uma Unidade Básica de Saúde. Por isso, foi montado um centro de triagem para atender quem apresenta sintomas respiratórios.

“A gente tem feito nossa parte oferecendo médicos e estrutura. Mas se precisar levar casos graves para UTI, não existem vagas na região. Está tudo lotado”, disse o prefeito.

UOL