“A questão de domingo está abrindo caminho para a frente. É nosso dever não agir como uma igreja adormecida. Os que estão à frente do movimento dominical lutarão pela vitória. Eles devem tê-lo? Deus me livre” (Manuscrito 29, 1910).
O Rhode Island Catholic, fundado em 1875, é o jornal oficial da Diocese Católica Romana de Providence, Rhode Island. Em 26 de janeiro de 2023, o Rhode Island Catholic publicou um artigo intitulado “Keep Holy, the Sabbath is About Rest”. Este artigo foi escrito especificamente em resposta direta à decisão da Suprema Corte de ouvir um caso envolvendo um ex-funcionário dos Correios dos Estados Unidos que se recusou a trabalhar aos domingos . Basicamente, o Serviço Postal alegou que poderia negar o pedido de folga religiosa especial de um trabalhador se, ao tentar acomodar essas crenças religiosas, criasse uma “dificuldade indevida” para o empregador. No final das contas, Gerald Groff, um cristão que observa o domingo como o dia de adoração, foi negado pelos Correios a ter seus domingos de folga.
Então, o que os católicos romanos estão dizendo sobre o que a Suprema Corte deveria fazer em relação a dar folga às pessoas no domingo? O católico de Rhode Island expressou o seguinte:
“Duas partes deste caso merecem exame. Primeiro, o argumento de que a prática religiosa de Groff impõe um ônus indevido a seus colegas de trabalho. À primeira vista, isso faz sentido: ninguém gosta de ser forçado a cobrir um colega de trabalho ausente. No entanto, a ausência de Groff não é o problema, nem é necessariamente ele quem impõe o fardo. E a empresa? Por que não dar folga a todos no domingo? Os colegas de trabalho de Groff não devem ficar bravos com ele, mas com a empresa que os trata como instrumentos para maximizar o lucro .” [1]
“Em segundo lugar, fazemos a pergunta: por que Deus nos deu o terceiro mandamento? Deus precisa da nossa adoração? De jeito nenhum. Deus é perfeito; Ele não precisa de nada e de ninguém. Deus instituiu o descanso sabático para a humanidade. Ao contrário da opinião popular: os mandamentos de Deus são bons para nós. O descanso é a base da cultura. O caso de Groff não é apenas sobre a liberdade de praticar a própria religião, é sobre poder tirar um tempo para descansar .” [1]
O católico de Rhode Island basicamente disse que os verdadeiros culpados nessa disputa legal não são os funcionários que querem folga aos domingos para descanso ou adoração. Não, os infratores neste litígio são as empresas que tratam as pessoas como máquinas e as obrigam a trabalhar no domingo. Esta publicação católica romana está argumentando pública e enfaticamente: “Por que não dar folga a todos no domingo?”
Não podemos ouvir a voz do dragão rugindo? Não cometa erros. Estas palavras estão sendo dirigidas tanto ao público quanto à Suprema Corte dos Estados Unidos! A Igreja Católica tem uma posição oficial sobre o descanso dominical. Sim, Roma apóia a limitação de certas atividades aos domingos para incentivar observâncias religiosas ou descanso.
A liderança católica não apenas incentiva seus membros a participar da missa dominical, mas também promove políticas que ajudam a estabelecer o domingo como um dia de descanso e adoração para os cristãos. O Catecismo Católico ensina que santificar o domingo é uma obrigação moral, mas os católicos de hoje estão pedindo às nossas instituições políticas que designem o domingo como um dia de descanso e adoração para todas as pessoas.
Há um esforço concentrado em andamento neste país e em todo o mundo para promover o domingo como um dia de descanso. É verdade que alguns dos motores desta iniciativa são puramente sociais, o que significa que alguns defendem o descanso dominical para dar aos trabalhadores mais tempo para relaxar e, assim, melhorar a sua saúde física e mental. Alguns dos apelos para o descanso dominical são de natureza puramente política, com o objetivo de abordar a mudança climática e motivar as pessoas a tomar medidas para diminuir suas pegadas de carbono descansando neste dia. Mas é inegável que há quem encare o descanso dominical como uma obrigação moral de culto, e se necessário, este dia deveria ser protegido por lei, como podemos constatar no jornal católico de Rhode Island.
“ Os Estados Unidos devem impor a observância do domingo , que Roma reivindica como o reconhecimento especial de sua supremacia. Mas nesta homenagem ao papado, os Estados Unidos não estarão sozinhos. A influência de Roma nos países que uma vez reconheceram seu domínio ainda está longe de ser destruída ” (O Grande Conflito, p. 578).
