“Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: violência! E não salvarás?”(Habacuque 1:2).
Eu estava no Recife, capital de Pernambuco, visitando amigos, quando na manhã do dia 7 de dezembro de 2018 soube da tragédia ocorrida na madrugada em minha cidade, Milagres, Ce. Uma tentativa de assalto às agências bancárias rendeu cerca de 20 minutos de tiroteio entre policiais e criminosos, ceifando a vida de mais de 10 pessoas.
O fato foi assunto nos grandes meios de comunicação nacional e em outros lugares do mundo, haja vista a quantidade de vítimas inocentes que ali perderam a vida, inclusive entre elas 5 reféns, membros de uma mesma família da cidade de Serra Talhada, Pe. Esse episódio certamente ficará para a história da cidade, sendo lembrada por muitos tempos, considerando que a pequena Milagres nunca presenciara tamanha tragédia.
Quando o mal e suas consequências aparentam ser injustas, especialmente ao afetarem pessoas consideradas boas, ou inocentes, nos vêm indagações sobre onde Deus está, ou mesmo Sua existência é questionada. Até homens tementes a Ele como Habacuque, profeta do antigo testamento da Bíblia, não estão livres de semelhantes indagações, pois perguntou ao próprio Deus: “Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: violência! E não salvarás?”(Hc 1:2).
Temos uma visão muito limitada sobre as ações de Deus na história, parcial e baseada no imediato. Mas Ele vê muito além, e seus atos e permissões da vida presente desencadearão em atos de plena justiça, a partir da segunda vinda de Cristo, satisfazendo enfim os nossos porquês. Por enquanto, tenha a atitude de Habacuque: “Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobra a fortaleza e vigiarei para ver o que Deus me dirá e que resposta eu terei à minha queixa.” (Hc 2:1).
Luan S. Nascimento
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