Pastores da Universal são investigados por terem recebidos Auxílio Emergencial, diz site


Pastores da Igreja Universal do Reino de Deus estão sendo investigados por terem recebido o Auxílio Emergencial, mesmo recebendo salários na instituição. Em suma, o Auxílio Emergencial foi um benefício que previu o repasse de 600 reais mensais a trabalhadores informais e de baixa renda, devido a pandemia da Covid-19.

Segundo uma reportagem publicada pelo Portal UOL, pelo menos 69 pastores da Universal tiveram acesso ao benefício. Diante disso, a Igreja abriu uma investigação interna para apurar os fatos. Além disso, os religiosos dizem ter sido orientados pela direção da igreja a pedir o benefício e comunicar à instituição para que o valor fosse descontado em seus salários.

Um áudio atribuído ao bispo Renato Cardoso, genro do líder máximo da Universal, Edir Macedo, circula nas redes sociais. Nele o religioso diz que a Igreja avalia que os pastores cometeram crime, e se comprovado tal crime, os religiosos serão responsabilizados.

“Mais cinco pessoas saíram da obra…(…) Pessoas vão sair, distorcendo tudo, ao contrário do que ouviram. Pessoas como essas, graças a Deus, a igreja está limpando. A igreja está tomando as providências necessárias judiciais, inclusive em casos em que há indícios de crime contra a igreja, contra o povo da igreja. Estaremos denunciando, fazendo a denúncia-crime”, disse Renato Cardoso no áudio que circula na internet.

Segundo o UOL, A Universal não reconheceu a autenticidade da gravação. Religiosos e profissionais de comunicação que conviveram com Cardoso na igreja e na TV Record, no entanto, dizem não ter dúvidas de que a voz é dele.
CRIME PODE DAR CADEIA

Por meio de nota, a Igreja Universal disse que a instituição tomará as devidas medidas judiciais para “corrigir qualquer informação caluniosa e/ou difamatória à Instituição e seus oficiais, que o portal venha divulgar”, diz a nota enviada pela assessoria da Igreja Universal ao Portal UOL.

Pastores no Brasil não são registrados em carteira e não têm contrato de trabalho, e por causa disso, e se não declararem renda, o governo não tem como saber de seus vencimentos. Vale ressaltar que fornecer informações falsas para receber o auxílio configura a prática de crimes de falsidade ideológica e estelionato.



O Ministério da Cidadania informou que, a princípio, não há impedimento de os pastores receberem o auxílio emergencial, “desde que atendam aos critérios de elegibilidade estabelecidos pelas legislações que disciplinam o pagamento do benefício”.

De acordo com o ministério, estão previstas sanções quando constatado o pagamento indevido -elas podem chegar a cinco anos de cadeia.

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