Igreja Adventista promove ação evangelística no Complexo Penitenciário


A assistência religiosa prestada nos presídios é um dos pilares que auxiliam na ressocialização das pessoas privadas de liberdade. Diante disso, quarenta reeducandos do Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, participaram da 1ª assistência religiosa promovida na unidade, por meio do projeto “Ministério da Liberdade”.
Coordenado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, o projeto reúne os recuperandos em um momento de leitura, oração e cânticos de louvor no pátio da penitenciária. A participação é totalmente voluntária e gratuita. O programa é composto por 27 lições e todos os sábados é abordado um conteúdo. Ao final do curso, serão entregues certificados atestados pela Instituição Adventista.

Além disso, o trabalho consiste no aprofundamento do estudo bíblico, sendo desenvolvido pelos pastores Renan de Souza e José Adeildo Viana. O projeto prevê ainda, uma assistência aos familiares, no qual, os pastores e seus líderes vão visitá-las e buscar aproximação com este vínculo familiar.

A psicóloga da unidade Eunice Crescencio, vê esta atividade como fundamental no desenvolvimento das relações, pois auxilia na mudança de comportamento das pessoas privadas de liberdade, além de proporcionar um momento de diálogo.

“Cientificamente tem comprovado que a religiosidade contribui na mudança de comportamento, a crença consegue promover essa sensibilidade, bem como promover uma autoestima, melhorando a confiança, contribuindo no relacionamento do ambiente prisional. Os recuperandos buscam participar, muitos deles carregam sentimentos de culpa, arrependimento, ódio e momentos como este, trabalha essas questões, aliviando o sofrimento psicológico”, destacou.

A assistência religiosa pode ser feita por toda e qualquer denominação que se reconheça como religião. É preciso a instituição religiosa requerer à penitenciária para realizar o trabalho de assistência aos recuperandos.

“Para a Igreja Adventista do Sétimo Dia é motivo de satisfação poder servir esta unidade prisional com orientação religiosa, pois essa é nossa missão, contribuir de forma efetiva no processo de ressocialização”, ressaltou o pastor Reverson Almeida.

O chefe de plantão, Gonçalo Nogueira, relatou a mudança positiva que já é possível ser notada. “Quando é levado este trabalho de assistência para dentro da unidade, trazendo a palavra de Deus, o amor para as pessoas, elas começam a refletir e buscam mudar, e isso é muito benéfico”, afirmou.


Assistência Religiosa

Garantido por lei, conforme o artigo 24 da Lei de Execução Penal (LEP), prevê que “a assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e internos”.

No Estado a assistência religiosa ocorre através de diferentes denominações, que buscam levar palavras de amor e fé aos reeducandos nas unidades penais, proporcionando um momento de reflexão e confiança, para que acreditem em uma vida nova, distante da criminalidade.

(Com supervisão de Débora Siqueira)

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