Dezenas de figuras religiosas proeminentes de todo o mundo se reúnem no Vaticano para exigir que os líderes mundiais tomem medidas imediatas.
Dezenas de líderes religiosos apelaram aos governos para que se comprometam com metas ambiciosas na próxima conferência climática da ONU, que foi descrita por cientistas como a última chance de agir de forma significativa para deter o aquecimento global antes que seja tarde demais.
O apelo por uma ação climática urgente ecoou na segunda-feira por imãs, rabinos, patriarcas e reverendos que compartilharam como suas tradições de fé interpretaram a emergência, muitos insistindo que a religião e a ciência devem agir juntas para salvar o planeta.
“Fé e Ciência: Um Apelo pela COP26” foi a mais recente iniciativa para reunir ímpeto e indignação antes da cúpula de 31 de outubro a 12 de novembro em Glasgow, Escócia, que os especialistas dizem ser uma chance definitiva de reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
“Apelo a todos os jovens, independentemente da sua religião, a estarem prontos para lutar contra qualquer ação que prejudique o meio ambiente ou aumente a crise climática”, disse o Grande Imam Sheikh Ahmed al-Tayeb da Mesquita Al-Azhar no Cairo, Egito .
Para os líderes religiosos, cuidar do meio ambiente é um imperativo moral para preservar o planeta para as gerações futuras e apoiar as comunidades mais vulneráveis às mudanças climáticas.
Vários participantes enfatizaram que nenhuma nação poderia seguir sozinha.
“Se uma nação afunda, todos nós afundamos”, disse Rajwant Singh, um líder sikh dos Estados Unidos.
“A água é o pai, o ar é o professor e a Terra é a nossa mãe comum. Assim como não desonramos nossa mãe, pai e professor - por que desonraríamos esses presentes de nosso criador? ”
'Apoio financeiro substancial'
Cerca de 40 líderes religiosos se reuniram no Vaticano, em Roma, na reunião convocada pelo Papa Francisco antes da reunião da COP26. Participaram líderes dos principais grupos religiosos que representam o islamismo sunita e xiita, judaísmo, hinduísmo, budismo, taoísmo, jainismo, siquismo e outros.
“Herdamos um jardim; não devemos deixar um deserto para nossos filhos ”, disse um apelo assinado por aqueles que se reuniram antes de entregá-lo ao chefe da conferência COP26, Alok Sharma.
No apelo, as figuras religiosas exortaram os líderes políticos a adotar medidas para limitar o aumento da temperatura a 1,5 ° C (2,7 ° F), e que os países ricos mais responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa forneçam "apoio financeiro substancial" às comunidades mais vulneráveis.
O bispo Frederick Shoo, presidente da Igreja Luterana da Tanzânia, citou Martin Luther ao descrever sua vocação para plantar árvores no Monte Kilimanjaro, o que lhe valeu o apelido de “bispo das árvores”.
“Mesmo se eu soubesse que morreria amanhã ... plantaria uma árvore hoje”, disse Shoo, parafraseando Lutero do século 16 que se separou da Igreja Católica.
'Cure nossa casa'
O papa Francisco deveria ler um longo discurso, mas deu apenas algumas boas-vindas e depois deixou a palavra para outros, começando com o xeque Ahmed. Ele exortou os jovens muçulmanos e estudiosos religiosos a “cumprirem seus deveres religiosos”, assumindo a responsabilidade pela crise.
O Patriarca de Istambul Bartolomeu pediu a continuação do diálogo enquanto assinava o apelo conjunto ao lado do Patriarca Hilarion da Igreja Ortodoxa Russa, que usou seu discurso de dois minutos para pedir arrependimento por todos os danos já causados.
“É preciso lembrar que a atual situação ecológica foi causada, entre outros fatores, pelo desejo de alguns de lucrar em detrimento de outros, bem como pelo desejo de enriquecimento sem causa”, disse Hilarion.
O apelo exortou todos os governos a adotarem planos para alcançar emissões líquidas de carbono zero o mais rápido possível, com os países mais ricos assumindo a liderança.
“Rogamos à comunidade internacional reunida na COP26 que tome medidas rápidas, responsáveis e compartilhadas para proteger, restaurar e curar nossa humanidade ferida e o lar confiado à nossa administração.”
Nota- Link Profetico
Por tudo isso, Roma papal está quase atingindo seu objetivo final: a restauração da supremacia religiosa e temporal sobre o mundo. Quão diferente a realidade atual daquela nos primórdios do cristianismo: “De Cristo, o verdadeiro fundamento, transferiu-se a fé para o papa de Roma. Em vez de confiar no Filho de Deus para o perdão dos pecados e para a salvação eterna, o povo olhava para o papa e para os sacerdotes e prelados a quem delegava autoridade. Era ensinado ao povo ser o papa seu mediador terrestre, e que ninguém poderia aproximar-se de Deus senão por seu intermédio; que ele ficava para eles em lugar de Deus e deveria, portanto, ser implicitamente obedecido”. (EGW, O Grande Conflito, p. 55). Jesus, porém, ensinava o contrário: “A ninguém sobre a terra chameis vosso pai [latim, papa]; porque só um é vosso Pai, aquele que está nos céus”. (Mt 23:9).
Reflexão do hoje no video abaixo
Estes mesmos que hoje estão imploram por ação climática rápida, logo também implorarão por um decreto dominical universal.
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